quarta-feira, 4 de junho de 2008

[porque de sonhos tem vivido a (minha) felicidade]
B.Berenika
um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei
entre os teus braços. a tua pele será talvez demasiado bela. e a luz
compreenderá a impossível compreensão do amor. um dia, quando
a chuva secar na memória, quando o inverno for tão distante,
quando o frio responder devagar como a voz arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão pássaros no parapeito da nossa janela.
sim, cantarão pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa
minha, porque eu acordarei nos teus braços e não direi nem uma
palavra, nem o princípio de uma palavra, para não estragar a
perfeição da felicidade
José Luís Peixoto
in "a criança em ruínas"

9 comentários:

isabel disse...

que bom visitar-te...
a alma fica mais leve e com mais cor por dentro das costuras. =)

bom domingo! (aqui, com cheiro a verão)

=D

Andreia disse...

ai menina! que bonito... (suspiro giganteeeee)
:)
Beijinho

obscuro disse...

O PÁ, pá, pá, pá, pá.

Naooooooooooo
NÃOOOOOOOOOOOO
Naõooooooooooo

Pá, pá, pá, pá

Dois Rios disse...

e a única regra de todas as manhãs que me impele, é a ternura dos q me cercam.

linda poesia!

abs,

Srta. Coisa disse...

ô coisinha!!!!
to com saudade de vc... tá tudo bem??
eu quero todas manhãs de ternura... sei que é quase impossível, mas quero.
e vc me apresentou Joseph Arthur!!!

beijo

Susana Miguel disse...

gosto muito das fotos da b.berenika, também tenho esta lá na casita das cigarras. o texto de josé luis peixoto é muito bonito.

obrigada pela partilha:)
um beijinho, flávia.

I. disse...

Durante tanto tempo vivi nesse poema... é incrivelmente bonito, como muitos outros do José Luís.
Foi um prazer entrar aqui.

Sam disse...

Também espero por este dia...

Lindo poema!

Bjos!!!

storytellers disse...

lindo, lindo!