terça-feira, 26 de junho de 2007

a canção do delirante Aengus...

eu fui para uma floresta de nogueiras,
porque minha mente estava inquieta,
eu colhi e limpei algumas nozes,
e apanhei uma cereja, curvando o seu fino ramo;
e, quando as claras mariposas estavam voando,
parecendo pequenas estrelas, flutuando erráticas,
eu lancei framboesas, como gotas, em um riacho
e capturei uma pequena truta prateada.
quando eu a coloquei no chão
e fui soprar para reativar as chamas,
alguma coisa moveu-se e eu pude ouvir,
e, alguém me chamou pelo meu nome:
apareceu-me uma jovem, brilhando suavemente
com flores de maçãs nos cabelos
ela me chamou pelo meu nome e correu
e desapareceu no ar, como um brilho mais forte.
talvez eu esteja cansado de vagar em meus caminhos
por tantas terras cheias de cavernas e colinas,
eu vou encontrar o lugar para onde ela se foi,
e beijar seus lábios e segurar suas mãos;
caminharemos entre coloridas folhagens,
e ficaremos juntos até o tempo do fim do tempo,
colhendo as prateadas maçãs da lua,
as douradas maçãs do sol.
Yeats
hoje vai ser tudo do avesso: depois desse sonho bom, vou dormir um sono.
boa noite...

2 comentários:

________________ /// Por Luci Couto /// ________________ disse...

minha alma encheu-se de um louco colorido...mas q lindo!


:)

________________ /// Por Luci Couto /// ________________ disse...

nossa, eu achei tão lindo esse poema, vc se importa de eu colocar no meu blog?!

:)