Para poder morrer 
Guardo insultos e agulhas 
Entre as sedas do luto. 
Para poder morrer 
Desarmo as armadilhas 
Me estendo entre as paredes 
Derruídas 
Para poder morrer 
Visto as cambraias 
E apascento os olhos 
Para novas vidas 
Para poder morrer apetecida 
Me cubro de promessas 
Da memória. Porque assim é preciso 
Para que tu vivas. 
Hilda Hilst

Um comentário:
oi flavinha, é claro q ia avisar da mudança do blog. Mudei por questões pessoais. Mas é obvio que não quero perder o teu contacto.
Beijinhos
Postar um comentário