Ser, parecer
Entre o desejo de ser
e o receio de parecer
o tormento da hora cindida
Na desordem do sangue
a aventura de sermos nós
restitui-nos ao ser
que fazemos de conta que somos
Mia Couto
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Sim! Sou eu mesma!
(...)
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei.
Ainda sim, escrevo.
Mia Couto, Poema da
Despedida
alcança o mundo, eu sei.
Ainda sim, escrevo.
Mia Couto, Poema da
Despedida
agora, borboleta
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- Palavras de sabão
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Poesias que ouço
a voar pelo casulo
a tocar no casulo
Fotografia do cabeçalho: Maria Elina Mendez
Ilustração da barra lateral: Cathy Nichols
Ilustração da barra lateral: Cathy Nichols
5 comentários:
não costumo procurar muito sobre mia couto mas este texto deu-me vontade de o começar a fazer
bjinhos
de dar no´ na garganta... entre o que nao sou e o que nao sou..o que sobra?
beijo querida! gosto demais daqui....
palavras fortes que nos faz pensar...
bjss
:)
sim , meninas !
Mia Couto soube bem usar as palavras. é mesmo de dar nó na garganta. ainda mais porque é verdadeiro o conjuntos destas...
[a nossa vida é uma peça de teatro e, até mesmo para o espelho, encenamos um personagem que na realidade não somos ... e que no fundo não queríamos ser ...
mas , não me perguntem o porquê. só sei que infelizmente é assim :( ]
beijos, muitos beijos para vocês ...
(Valéria: a recíproca é verdadeira muitíssimo obrigada :* )
:)
Mia Couto tem-se descoberto como um dos meus preferidos. A maneira doce como brinca com as palavras mesmo que nestas exista um travo mais amargo... Delicioso :)
Essa brincadeira de esconde-esconde dos nossos Eus pode mostrar-se perigosa mas inevitável, todos o fazemos - como tão bem o disseste.
Beijo *
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